E agora?

1Entre o ontem e o hoje, entre o hoje e o amanhã, você busca sentido. Você conquista, você celebra. Mas tem sempre uma decepção. É por isso que amadurecemos. Para buscarmos o essencial, o que de fato vamos levar conosco.

Todos nós, em alguma fase, acreditamos que a estrada tenha fim. Ilusão. A estrada somos nós. Não existe fim.

Mas nós buscamos. Sempre, todo dia.

Buscamos nos relacionar, criamos laços, nos esforçamos, cansamos, crescemos, tentamos.

As primeiras conquistas nos chegam e são celebradas. É bom comemorar, é bom vencer, é bom conquistar.

E é estrada que segue. A gente acredita que vai ser sempre assim.

Se abençoados somos para que nenhuma tragédia nos enfraqueça, seguimos em frente. Tem sempre uma estrada, no mínimo, para a gente percorrer. Parar no caminho ou ter medo de perder faz parte. É da natureza humana.

Mas é no silêncio que ninguém confessa, quando menos se espera, ou quando a solidão mais se aproxima, que cada um de nós se pergunta: “E agora? O que é que eu faço?”.

Com os pés que tivemos machucados, um pouquinho à frente de vocês, temos permissão para lhes dizer: Agora você faz a estrada. A estrada é você.

Se o orgulho te acompanhar por algum êxito, ou a decepção te fizer sangrar, haverá sempre um dia, ou uma noite de luar, em que você, engolindo suas lágrimas ou se deixando por elas banhar, não importando se é alegria ou dor a acenar, você vai se perguntar: “E agora, que passo eu vou dar?”.

Da neblina que nos leva do orgulho à decepção – essas duas falsas companhias – você vai se perguntar para onde ir, o que buscar, que sentido tomar.

Por isso existe o amanhã.

Buscamos nossas soluções, tentamos diminuir nossa dor. Transitamos entre dois mundos, nos sentimos tão diferentes sendo tão parecidos…

Nos enganamos tanto nessas ondas que vêm e vão varrendo nossa ilusão.

Feliz de você que percebe o sentido do descobrir. A descoberta é ilusão. A autodescoberta é o que devemos construir. Temos ajuda sempre. Porque temos que crescer.

A autodescoberta não para de surpreender. É a aventura máxima . A razão  do nosso VIVER.

Deixe um comentário