Fazer a diferença

Engana-se quem pensa que não pode fazer a diferença. Engana-se quem se acha pequeno diante de um mundo tão impessoal, tão apressado, tão aleatório.

Tudo a que nós humanos nos referimos como “grandes” é formado por nós, seres humanos. Pense na obra arquitetônica mais admirável, na obra de arte mais genial: são feitos humanos. E os humanos estão sempre de passagem.

Se alguns utilizam sua própria passagem para fazer a diferença, são estes os mais humildes e os que futuramente continuarão a fazer a diferença, mais ainda que quando encarnados.

Porque cada ação é pedra jogada ao rio. As ondas que se formam em consequência… isso é a vida.

Alguns se empenham em ser, de algum modo, a pedra. Geram efeito, transmitem conhecimento, produzem. Usam seu tempo encarnados com a consciência de que podem – e vão – partir a qualquer instante. Por isso se empenham em ser. E o conseguem.

Aqueles que se dedicam à vida pensando que são fruto daquela pedrinha que lá atrás foi jogada ao rio, e que se sentem onda pequenina igual às tantas outras daquele rio…  talvez se tornem mesmo uma onda pequenina, similar a todas as outras.

A causa de nossas angústias é o maior presente que podemos ganhar quando habitamos o plano físico: a possibilidade de construir.

Construir o que mais for útil ao maior número de pessoas possível. Tratar com atenção sentida a quem nos procura; cultivar a criança que não quer morrer dentro de nós; amar a vida sob todas as formas em que ela se apresenta.

E regar, e fazer florescer a compaixão dentro de nossos corações, porque é graças à compaixão divina que estamos tendo esta chance. Mais uma vez.

Que assim seja.

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